sábado, 5 de novembro de 2011

Precisa-se de providências urgentes

Eu estava na praia, no meu Balneário Pinhal favorito, sentada na areia e olhando o mar que estava limpo, por sinal. Ele estava ao meu lado com toda aquela serenidade ao olhar o mar, os homens agitados por conta do calor excessivo, as crianças, onde muitas brincavam na areia e outras se escondiam dos pais por conta do medo que tinham do mar. Mulheres encaravam estes homens agitados enquanto se lambuzavam de óleo de cozinha, quer dizer, bronzeador. Pré-adolescentes decidiam-se entre largar os brinquedos e começar uma vida amorosa. Para mim, era um cenário perfeito: fone de ouvido, John Mayer, o mar, a areia, e ELE (não necessariamente nesta ordem de prioridade).
Embora ELE não soubesse que era ELE (com letras, batidas cardíacas e sentimentos maiúsculos) o cara que eu sempre amei. Ok, eu pensei. Hoje é um bom dia para desabafar e falar a verdade, poderia ser um bom dia. Poderia? Não para mim. Quando eu tentava puxar assunto, tinha algo para atrapalhar. Resolvi começar de um modo diferente... Mesmo tocando a minha música favorita do John Mayer no meu MP4, tirei o fone, larguei o freio de mão e resolvi descer a lomba sem colocar o pé no freio (quem sabe não ganharia outra ‘‘subida’’?).

‘‘Sabe quando você se apaixona por alguém, gosta de ficar junto, de descobrir e conhecer novidades do outro. Fica nervosa quando ele ou ela senta ao seu lado, com aqueles friozinhos na barriga, que parecem borboletinhas. Acha que toda frase do facebook é alguma indireta. Você tenta agradar de todos os modos. E se não consegue, fica triste. Fica muito mais feliz que o outro por uma vitória conquistada. Ele se torna prioridade e aí então fica sabendo do seu sentimento. Aí o teu mundo cai. Por que você descobre – mesmo já sabendo por outras pessoas – que ele não sente o mesmo.’’

Ele me olhou durante longos 10 segundos (que mais pareciam horas, uma eternidade), deu aquela risadinha do canto da boca, aquele tortinho mesmo,  que eu sempre amei, deu um suspiro e disse: ‘‘Isso é uma história real? É uma história sua? E quem seria o louco de fazer isso com você?’’
Eu o olhei por longos 5 minutos, sem saber o que dizer. Olhei para o mar. Afundei meus pés na areia. Olhei uma daquelas mulheres flertando com um dos homens agitados por conta do calor. Olhei aquelas crianças que brincavam na areia tomando sorvete e aquelas que se escondiam dos pais, brincando na álhei aquelas crianças que brincavam na areia tomando sorvete e aquelas que se escondiam dos pais, brincando na gua com seus pais. Vi alguns pré-adolescentes largarem os brinquedos e outros não e então respondi: ‘‘Você.’’

E aí então, o tempo não passou mais para nós.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Configurações do sistema cardiovascular.

Após uma semana vazia, sem muitas novidades uma única coisa aconteceu. Acordei e direcionei meu olhar para aquela parede, que tinha diversos tons de verde. Ao tentar me virar naquela cama, percebi espaço. Espaço esse, que se eu estivesse em minha cama, eu não teria. Estranhei. Até o momento de esticar um braço e sentir algo. E não era um travesseiro ou até mesmo meu bichinho de pelúcia do qual estou acostumada a dormir todas as noites desde que me conheço por gente. Era algo quente e com pelos. Estranhei novamente. Virei meu rosto lentamente, tentando lembrar daquela parede de algum lugar conhecido. Me deparei com o seu rosto. Um olhar com sono, mas que brilhava mais que o luar mais belo que eu já pude ver. Sorri por um instante. Era você. Você que habitava meus sonhos... ''Ei, isto não é um sonho?'' questionei a mim mesma. Percebi que não era. E então, não precisei ir ao teu encontro. Teus braços fizeram questão de me puxar pra perto, teus lábios me deram o melhor beijo e tua voz, sussurrando no meu ouvido me disse: ''bom dia, amor.'' A partir desse momento pensei que era mais um sonho. Ah! Quem dera não fosse, mas foi só mais um bonito sonho que a vida insiste em não transformar em verdade! E então que eu percebi que era realidade. Verdade, daquelas bem verdadeirinhas, sabe?
Aquele cara que eu sempre quis por perto, que eu sempre amei... Estava comigo! Aproveitei o momento... Horas passavam, era mais de meio dia e eu não queria sair daquela cama, não sem ele... Recebi todo carinho imaginável, todos os elogios possíveis e até os impossíveis. Agradeci a todos eles e retribuí toda gentileza. No momento em que ele deixou a cama sem mim, logo perguntei onde ia. Mas ele só pegou um botão de rosa vermelha, a minha preferida. Olhei a minha volta, nossas roupas no chão e fiquei pensando se esse seria o nosso começo. Enquanto pensava, ele pegou mais quatro botões de rosas vermelhas e disse: ''Te dei cinco botões de rosas, suas preferidas. Elas representam as cinco vezes em que pensei em conversar sobre meu sentimento, mas não obtive sucesso.''
Não tive reação. Apenas uma lágrima sobre meu rosto rolou, da qual ele não a deixou cair. Senti um aperto no peito quando ele chamou meu nome. Foram várias vezes, parecia que eu tinha desmaiado.


(...)

Foi então que eu acordei. Olhei para o lado e encontrei minha parede em tons de lilás e branco e minha mãe dizendo: ''Filha, está na hora de acordar.''

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ela escutava menos e falava mais. Ele, o contrário. Enquanto ela sonhava com flores, rosas e todas essas coisas de menina, ele tinha um único pensamento sobre a vida: acorda pra realidade. Realidade essa que ela nunca aceitara. Sempre disse que amava um outro cara, que sonhava com o dia que ele iria se dar conta que a amava também. Tanta gente a aconselhava: ''esquece, isso não vai levar em nada'', ''não deixa isso atrapalhar a tua vida''. E foi exatamente o que aconteceu: esse vulgo ''amor'' atrapalhou muito a vida dela e ao longo de pouco mais de dois anos, nada mudou. Durante tantas conversas dessas duas pessoas diferentes, ele tentou mostrar que a vida não é tão fácil como todos pensam e que existem pessoas melhores. Ela passou a ver ele com outros olhos. Com ele, não sabemos ao certo se é recíproco. Mas conseguimos ver aquele certo brilho no olhar, que quem conhece sabe como ele é. O ''ela'' e ''ele'' está mudando. Ele está mostrando para ela um mundo novo, cheio de realidades, coisas que ela ainda não sabia o que era. Ele demonstra interesse em ensinar coisas novas, embora um ensine o outro sobre coisas diferentes uns dos outros.
E quem sabe poderá transformar-se em ''eles''?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Deslocada. Parece que o mundo todo virou de pernas pro ar e eu, como sempre, vivendo no meu mundinho. Aquele mundinho que parece ser tão particular, tão meu... Ah! Se eu fosse parar pra contar quantas coisas já me falaram, em quantas dessas coisas me deixaram feliz. Outras nem tanto. E outras então... Muito menos. Meu aniversário de vinte e dois anos está cada vez mais próximo. Números pares e iguais, são 22. Dois patinhos na lagoa, para quem preferir. Embalado por esse tanto de curiosidades, eu penso em experimentar coisas novas. Largar tudo de pernas pro ar, como o mundo está vivendo. Deixar de ser deslocada e partir do meu mundinho sem olhar para trás. Rever meus valores, ver quem é quem... Tudo sem deixar quem eu sou de lado. Mudar perspectivas de vida, apaixonar-se outra vez, mesmo que a explicação do amor naquele meu mundinho é ser único e exclusivo. Aquele mundinho que eu penso em deixar para trás de verdade. Deixar de aprender com os próprios erros e sim com os dos outros. Aprendizado para não fazer igual. Pensar que não existe o príncipe encantado, que existe muita maldade por trás de um rostinho bonito. Pensar que a vida não é um faz-de-conta barato e sim um livro a ser escrito com letras bonitas. Que a maldade, o amor, a amizade, a sinceridade, a beleza, o erro e a falsidade façam-se presentes em uma história diferente, porque a vida não é feita só de coisas belas. Não é feliz aquele que nunca sofreu. Que a bipolaridade entre no jogo, te dando dias felizes e outros nem tanto. Um jogo. Jogo este, que pode ser o seu mundinho. Chegou a hora de encarar o MUNDO. Daqui um ano, espero que as pessoas que leram e curtiram esse texto, que pensaram e refletiram sobre seu próprio mundinho, e até mesmo a mim. Iremos nos perguntar: ''E aí, está pronta para jogar?''.

E aí o mundo mudou.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Quando você para para pensar, e vê que a vida é cheia de desafios, problemas, perguntas, dúvidas, momentos de felicidade extrema à extrema tristeza... Mas, quando você para realmente para pensar realmente sobre isto e percebe diversos fatores, como: Se a vida não tivesse desafios para ter medo e vencer. Se a vida não tivesse problema para resolvermos e dar a volta por cima. Se a vida não tivesse dúvidas para saber o que é melhor para nós mesmos. Se a vida não tivesse perguntas para irmos atrás das respostas.
Isso tudo ao redor de uma única questão, que é o aprendizado. Se a vida fosse fácil, se nós tivessemos nascido já sabendo de tudo, não teríamos a chance de errar nunca, de saber as respostas de todas as perguntas, a vida não seria um SACO?
Vou deixar você que está lendo pensar na sua própria vida... Pensem melhor sobre tudo que acontece ao seu redor e com você mesmo. Pense!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Momentos...

Quando achamos que tem muita coisa mudando, percebemos que não há mais aquela cobrança por parte dos pais, não há preocupação dos mesmos também. Parece que aquilo que você conquistou à uns anos atrás não é mais a mesma coisa. Digamos que parece que ''alguém tomou o meu lugar''. Não queria pensar nisso, mas os sentimentos estão estranhos e confusos. Estranhos por diversos motivos, e confusos... Bom, a palavra CONFUSÃO é a que mais cabe nesse momento. Momento esse que você encontra-se pensando em diversas coisas ao mesmo tempo, e pensando mais ainda em: ''em quem posso confiar?'' ou ''você perdeu a confiança em mim?''. Tantas coisas que giram ultimamente, quando parece que tudo perdeu a ordem, que a frase, que é mais ou menos ''a ordem não altera o produto'' não tem mais sentido. Eu sei que vida muda para muitos, que palavras podem mudar, mas como o próprio título do blog diz ''palavras são ditas, atitudes são marcas''. Por toda ação existe uma reação. E a reação no momento é estranha. As vezes você até pensa em tudo isso, mas não consegue chegar a conclusão nenhuma. O interessante de tudo isso, é que se você não tem tempo de pensar em certas coisas, ficq parecendo que ''deixou de se importar''. Parece que isso não vai durar muito tempo. Deixar de se importar não existe no meu vocabulário. Eu não sei como funciona e reage o teu vocabulário.
Parece que existe solução, que você pode parar e conversar. E se estraga a relação, como podemos achar a luz no fim do túnel?

domingo, 12 de dezembro de 2010

Um arco-íris de emoções.

Enquanto esse domingo tende a passar devagar, a chuva cai ao chão como deve cair. Eu vejo uma foto que me faz lembrar de várias coisas, ou melhor, momentos. Momentos estes, que fazem tanto tempo... Eu esqueci de como tudo passou rápido! O momento foi rápido, o sentimento, é intacto. Parece que ninguém mais consegue chegar aonde você conseguiu chegar. Sinto que meu coração fechou, que ele sente um aperto enorme quando eu vejo que você não é mais o mesmo que eu conheci, sinto que ele vai explodir de alegrias quando vejo o teu sorriso sincero. Parece que eu não sei ficar brava, não sei sentir ódio... Acho que você sempre vai ser aquela pessoa linda que eu conheci. Ao lembrar de todas as promessas que eu fiz durante esse tempo todo, das palavras bonitas que eu sempre escolhi a dedo para te dizer, e de lembrar que você nunca tinha ''algo à altura para me dizer'', escorre uma lágrima do meu rosto. Escorre aquela lágrima que parece a chuva que cai lentamente no local onde eu me encontro. Eu não sei mais se continuo lembrando de tudo isto que eu vivi, o sentimento mais lindo que eu já vi alguém ter por um outro alguém...
Prometi estar ao teu lado, vivenciar tuas alegrias, nunca te abandonar (mesmo que tu me deixe, eu vou estar sempre ao teu lado), te apoiar... E quando eu falhar em dizer que te odeio: NÃO ACREDITE. Pois é apenas um modo diferente de dizer que eu te amo.